Artigo de Opinião - "Os Prós e os Contras na Festa"

Os Prós e os Contras na Festa

Resultado de imagem para pros e contrasCresci a ouvir o velho ditado que diz que gostos não se discutem. Sempre fui educado a saber respeitar as opiniões alheias. Mesmo que discordantes das minhas. É esta uma regra da vivência em sociedade e do respeito pelo próximo.

Infelizmente, e hoje mais que nunca, existem aqueles para quem uma opinião diferente, é pretexto para partirem para o insulto e a provocação. São os intolerantes, os facciosos. Aqueles que pensam ter sempre a razão do lado deles. Pessoas que na maior parte das vezes não tem conhecimento do assunto, mas que tomam o rumo mais fácil. Em vez de estudarem. Saber o porquê das coisas, e aí, como indivíduos civilizados, trocarem ideias.

Tudo isto tem a ver com os anti taurinos que percorrem, tais nómadas, algumas praças de touros do nosso país. Claro que escolhidas criteriosamente. Porque nas vilas e cidades do Ribatejo, não se vêm. Mas a enorme cobardia de tais seres, leva a que estraguem património. O que fazem na calada da noite, quais hienas medrosas de serem descobertas. E quando dão a cara, escudam-se entre baias e cordões policiais.

Estes seres que nada sabem sobre o touro. Esses seres que são convocados por organizações politicas, e talvez ONG´s duvidosas, que arranjam assim forma de “lavar” fundos monetários vindos não se sabem de onde. Ou será que esta gentinha se dá ao trabalho, quais saltimbancos, de andarem de um lado para o outro gastando o seu próprio dinheiro? Duvido.

O que se passa no Campo Pequeno em dias de corrida é vergonhoso. Os aficionados, os utilizadores das várias esplanadas e restaurantes, os próprios transeuntes, são importunados com as provocações gratuitas, com os megafones a debitarem decibéis que incomodam e tornam a presença nessas esplanadas impossível. Está na hora de a empresa do Campo Pequeno fazer algo contra esta situação. Para que em 2018 não se repita, pelo menos da forma que é habitual. Manifestem-se, mas não provoquem.

Também nós, os aficionados, temos o dever da indignação contra esta situação. E não estamos a fazer nada para a mudar. E apenas nos queixamos nas quintas feiras taurinas.

Nada tenho contra quem não gosta. Sou sim, contra os contras que não entendem onde acaba a liberdade deles e começa a nossa.

Circula nas redes sociais um vídeo de um anti, em Carcassone, que ao invadir a arena, foi colhido por um Miura, e salvo por bandarilheiros. Por um assassino, como eles dizem. Foi esse “assassino” que o salvou de uma morte certa.

São esses “assassinos”, são esses “cobardes”, que preservam uma raça. Somos nós que em praça, contribuímos para que o touro bravo exista. Esse touro que durante quatro anos é tratado como um verdadeiro rei. Um atleta dos ruedos. Ele que pela sua bravura volta ao campo para procriar. Para a continuação de um animal único. Um animal nobre. Um animal que existe porque nós existimos. Nós os aficionados. Nós os gostamos de corridas de touros. E tudo faremos para manter a festa viva.

António Costa Pereira

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