A Defesa Legal, a Situação na América e a Comunicação da Tauromaquia no 2° Dia do Fórum Mundial da Tauromaquia
Nota de imprensa enviada pela organização, do IV Fórum Mundial da Cultura Taurina que decorre na Ilha Terceira, sobre o segundo dia do evento.
Os argumentos contundentes para uma defesa legal e cultural da tauromaquia, a preocupante situação geral das touradas na América e o novo panorama da comunicação da festa foram os temas debatidos na intensa jornada de sábado, 25 de janeiro, durante o IV Fórum Mundial da Cultura Taurina, que decorre na Ilha Terceira, nos Açores.
Desta vez, os eventos tiveram lugar no Auditório do Ramo Grande na Praia da Vitória, onde a presidente da câmara, Vânia Ferreira, deu início à conferência de Lorenzo Clemente, presidente da comissão jurídica da Fundação do Touro de Lídia, que apresentou os principais aspetos que devem sustentar a defesa legal da tauromaquia a nível mundial.
Segundo o advogado espanhol, as touradas são uma manifestação cultural e um campo de criação artística que só poderiam ser proibidos ou alterados se violassem os direitos humanos ou as liberdades fundamentais, o que não acontece em nenhum país.
“De acordo com as leis internacionais, a rejeição de uma arte que não infringe a moral pública não é motivo suficiente para que lhe seja imposto um veto, o qual só pode ser considerado como totalitário”, concluiu Lorenzo Clemente.
Muitos desses ataques estão a ser enfrentados nos cinco países taurinos da América, cujas entidades de defesa estiveram representadas na mesa-redonda imediata, moderada pelo jornalista mexicano Juan Antonio de Labra.
O testemunho mais preocupante foi o de Gonzalo Sanz de Santamaría, que adiantou as medidas previstas para tentar travar a proibição das touradas decretada pelo governo colombiano e que deverá entrar em vigor a meio de 2027. Em contrapartida, Pablo Gómez de Barbieri descreveu o vigoroso estado da tauromaquia nas regiões centrais do Peru, apesar de movimentos contrários em Lima, destacando a realização de centenas de espetáculos e a abertura de novas praças de touros.
Salvador Arias, da Tauromaquia Mexicana, alertou para o “momento” crucial que a festa vive no México, com a chegada de um novo governo que pretende incluir o bem-estar animal na Constituição. Por sua vez, Juan Carlos Solines, representando o Equador, considerou que, após a proibição parcial da morte do touro em Quito, o mais importante na América é abordar a dimensão política desses ataques.
Manolo Zapata, da Venezuela, não manifestou preocupação com a posição do governo venezuelano em relação às touradas, que, devido à escassez de festejos, perderam força na sua infraestrutura. Como solução, sugeriu a criação de uma temporada unificada nos quatro países andinos, onde as comunidades indígenas, curiosamente, têm demonstrado maior paixão e apoio à tauromaquia.
A segunda sessão da tarde no Fórum dos Açores começou com a exibição do impactante filme Tardes de Soledad, de Albert Serra, servindo de introdução à mesa-redonda sobre os desafios da tauromaquia na nova era da comunicação.
Com a moderação de Paco Aguado, os jornalistas Vicente Zabala, Rubén Amón e Juan Antonio de Labra, o especialista em marketing Hélder Milheiro e David González, da editora El Paseíllo, analisaram a cobertura taurina nos diversos meios de comunicação. Concluíram que são necessários planos de comunicação elaborados pelo próprio setor, abrangendo uma ampla gama de meios e estratégias adaptadas aos tempos atuais.
Os profissionais de comunicação concordaram também na necessidade de evitar a dispersão excessiva da informação nas redes sociais, sem abandonar os meios tradicionais, que podem servir como uma base mais profunda e reflexiva para as novas gerações de aficionados. Estas, ao contrário das anteriores, aproximam-se das praças sem referências suficientes sobre o significado e o ritual da tauromaquia.
Hoje, domingo, na jornada de encerramento, o Fórum das Culturas Taurinas regressa ao Centro de Congressos de Angra do Heroísmo, com uma conferência e uma mesa-redonda que antecedem a leitura das conclusões finais.
Todos os eventos podem ser acompanhados através do Instagram, no perfil:
www.instagram.com/forummundialculturataurina.
A defesa legal, a situação na América e a comunicação da tauromaquia, temas da segunda jornada do Fórum da Cultura Taurina
Os argumentos contundentes para uma defesa legal e cultural da tauromaquia, a preocupante situação geral das touradas na América e o novo panorama da comunicação da festa foram os temas debatidos na intensa jornada de sábado, 25 de janeiro, durante o IV Fórum Mundial da Cultura Taurina, que decorre na Ilha Terceira, nos Açores.
Desta vez, os eventos tiveram lugar no Auditório do Ramo Grande na Praia da Vitória, onde a presidente da câmara, Vânia Ferreira, deu início à conferência de Lorenzo Clemente, presidente da comissão jurídica da Fundação do Touro de Lídia, que apresentou os principais aspetos que devem sustentar a defesa legal da tauromaquia a nível mundial.
Segundo o advogado espanhol, as touradas são uma manifestação cultural e um campo de criação artística que só poderiam ser proibidos ou alterados se violassem os direitos humanos ou as liberdades fundamentais, o que não acontece em nenhum país.
“De acordo com as leis internacionais, a rejeição de uma arte que não infringe a moral pública não é motivo suficiente para que lhe seja imposto um veto, o qual só pode ser considerado como totalitário”, concluiu Lorenzo Clemente.
Muitos desses ataques estão a ser enfrentados nos cinco países taurinos da América, cujas entidades de defesa estiveram representadas na mesa-redonda imediata, moderada pelo jornalista mexicano Juan Antonio de Labra.
O testemunho mais preocupante foi o de Gonzalo Sanz de Santamaría, que adiantou as medidas previstas para tentar travar a proibição das touradas decretada pelo governo colombiano e que deverá entrar em vigor a meio de 2027. Em contrapartida, Pablo Gómez de Barbieri descreveu o vigoroso estado da tauromaquia nas regiões centrais do Peru, apesar de movimentos contrários em Lima, destacando a realização de centenas de espetáculos e a abertura de novas praças de touros.
Salvador Arias, da Tauromaquia Mexicana, alertou para o “momento” crucial que a festa vive no México, com a chegada de um novo governo que pretende incluir o bem-estar animal na Constituição. Por sua vez, Juan Carlos Solines, representando o Equador, considerou que, após a proibição parcial da morte do touro em Quito, o mais importante na América é abordar a dimensão política desses ataques.
Manolo Zapata, da Venezuela, não manifestou preocupação com a posição do governo venezuelano em relação às touradas, que, devido à escassez de festejos, perderam força na sua infraestrutura. Como solução, sugeriu a criação de uma temporada unificada nos quatro países andinos, onde as comunidades indígenas, curiosamente, têm demonstrado maior paixão e apoio à tauromaquia.
A segunda sessão da tarde no Fórum dos Açores começou com a exibição do impactante filme Tardes de Soledad, de Albert Serra, servindo de introdução à mesa-redonda sobre os desafios da tauromaquia na nova era da comunicação.
Com a moderação de Paco Aguado, os jornalistas Vicente Zabala, Rubén Amón e Juan Antonio de Labra, o especialista em marketing Hélder Milheiro e David González, da editora El Paseíllo, analisaram a cobertura taurina nos diversos meios de comunicação. Concluíram que são necessários planos de comunicação elaborados pelo próprio setor, abrangendo uma ampla gama de meios e estratégias adaptadas aos tempos atuais.
Os profissionais de comunicação concordaram também na necessidade de evitar a dispersão excessiva da informação nas redes sociais, sem abandonar os meios tradicionais, que podem servir como uma base mais profunda e reflexiva para as novas gerações de aficionados. Estas, ao contrário das anteriores, aproximam-se das praças sem referências suficientes sobre o significado e o ritual da tauromaquia.
Hoje, domingo, na jornada de encerramento, o Fórum das Culturas Taurinas regressa ao Centro de Congressos de Angra do Heroísmo, com uma conferência e uma mesa-redonda que antecedem a leitura das conclusões finais.
Todos os eventos podem ser acompanhados através do Instagram, no perfil:
www.instagram.com/forummundialculturataurina.
Forum Mundial da Cultura Taurina
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