Crónica da Corrida na Azambuja do 45º Aniversário do G. F. A. Azambuja - 20 de Outubro 2012


Depois de ter sido adiada por duas vezes a corrida da comemoração do 45º aniversário do G. F. A. Azambuja, e porque o dia era de festa, e os vários intervenientes finalmente se conjugarem lá se deu o espetáculo, com o senão de não ter havido a devida adesão de público que a efeméride merecia com apenas um ¼ de casa, mas o espetáculo continuou e todos os artistas se aplicaram como se cheia estivesse.

A primeira lide da tarde foi de Francisco Núncio a um toiro de Ortigão Costa que era manso e que se fixou e de lá não queria sair mas com o esforço e arte do cavaleiro lá se cravou a ferragem possível não foi a reaparição desejada mas mostrou que quem sabe, sabe.
A segunda atuação foi de Pedro Salvador a um toiro dos Irmãos Dias da velhinha linha Portuguesa Norberto Pedroso, que cumpri-o, muito embora o cavaleiro nunca se tenha confiado, a lide embora que positiva nunca rompeu com o fulgor e alegria que tanto caracteriza o Pedro.

A terceira lide coube a Paulo Santos a um astado de Santos Silva que tinha os seus problemas de mansidão dando arreões para tentar apanhar a montada, mas soube o cavaleiro aplicar-lhe a lide adequada a tapar essas dificuldades e fazer sobressair o seu labor com bons ferros e os remates das sortes.
A quarta lide da tarde coube a Manuel Telles a um toiro de António Reis, que resultou na melhor lide da tarde, sendo sempre fiel ao seu estilo onde tudo é bem preparado e feito para agradar ao público muito embora não seja muito efusivo no remate das sortes o que não entusiasma muito as bancadas porque hoje em dia se não se fizer piruetas e adornos mais empolgantes já não se é bom toureiro, mas não é que seja mau esses adornos pois também gosto de os ver.
A quinta atuação foi a de Gonçalo Fernandes a um toiro da Casa Avó, que obrigou o cavaleiro de Seia a trabalho forçado por causa da sua falta de visão mas o ginete não baixou os braços e foi á luta onde consegui um bom par de ferros o que não chegou para ocultar a sua falta de rodagem, pois a espaços parecia disperso sem saber o que fazer mais para resolver o problema e dar a volta á lide.
A sexta lide foi a do cavaleiro praticante David Oliveira a um toiro do Eng.º Jorge Carvalho, mas as coisas não correram como o David teria imaginado pois o toiro era manso e procurava as tábuas, embora não estando mal não deu para desfrutar do seu toureio e cimentar a sua carreira com mais um triunfo igual ao que tivera tido semanas antes no Campo Pequeno.
As seis pegas estiveram a cargo do Grupo da Azambuja com uma mescla de atuais e antigos forcados sendo quatro pegas á primeira pelos forcados, Vinícius Campos a 1ª, Pedro Fragoso a 2ª, José Quitério a 4ª e Daniel Reis a 6ª, sendo a terceira consumada à terceira tentativa por João Pedro dobrando o forcado Pedro Miguel que recolheu ao hospital de Vila Franca só por precaução pois suspeitava-se de algo mais grave, sabendo-se mais tarde não ser nada de grave apenas um corte junto ao olho, a quinta pega foi á quarta tentativa pelo forcado Pedro Sabino há dobra de Hélder Carvalho que recolheu á enfermaria pois pensava-se que tinha deslocado o braço mas não passou do susto.
Sendo ainda de assinalar a despedida do valoroso forcado Pedro Fragoso “O Homem das Bombas” que assim pegou o seu 100º toiro e último toiro da sua já longa carreira de 20 anos.
A corrida foi corretamente dirigida pelo delegado do I.G.A.C. Lourenço Lúzio
Carlos Caetano.

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