Sérgio Santos “Parrita” à Conversa com o “Pátio de Quadrilhas

 Decorria o ano de 1979 quando a 5 de Maio de 1979 nascia no concelho da Moita do Ribatejo, freguesia de Alhos Vedros o matador de toiros português Sérgio Alexandre dos Santos Parreira com o nome artístico de Sérgio Santos “Parrita”, atualmente com 33 anos.
Tendo feito a sua apresentação de novilheiro com 16 anos a 14/05/1995 no Cacém, vindo três anos mais tarde em 22 de Agosto de1998 a debutar com picadores em Noia (Coruna) tirando a sua alternativa a 25 de Abril de 2004 (8 anos) em Las Virtudes (Santa Cruz de Mudela).


P.Q.- Gostava que conta-se como começou o seu gosto pela festa brava e em especial por ser matador de toiros?
S.S.P.- Nasceu comigo, nada que possa ou consiga explicar, mas sei que tinha esse sonho de pequenino e que com muito trabalho foi atingido.

P.Q.- Mas tinha alguém na sua família que fosse ligado aos toiros ou que fosse aficionado e que o levasse às praças?
S.S.P.- Não

P.Q.- Esse fato tornou tudo mais difícil mas ao mesmo tempo mais agradável?
S.S.P.- Sim, às vezes quanto mais difíceis são as coisas (sonhos) de concretizar mais especiais se tornam quando as atingimos.


P.Q.- Ou seja o concretizar de um sonho.
S.S.P.- Claro

P.Q.- Conte-nos o que acharam os seus pais quando anunciou que queria seguir a vida de toureiro?
S.S.P.- Como é natural não concordaram, mas como a minha vontade de ser matador de toiros era muita lá fui ultrapassando os obstáculos.

P.Q.- Mas Eles (pais) sempre o apoiaram ou tentaram dificultar-lhe a vida para ver se desistia?
S.S.P.- Não, pois acabaram por perceber que não valia a pena e a partir desse momento sempre me ajudaram em todas as minhas decisões.


P.Q.- E esse apoio foi importante para si?
S.S.P.- Claro que sim, pois, a vida de toureiro não é fácil.

P.Q.- Já conseguiu concretizar todos os sonhos que tinha e tem no meio tauromáquico?
S.S.P.- Ainda me faltam muitos…pois o principal é ser figura do toureio, entre outros.

P.Q.- Mas acha que é por culpa sua ou pelo facto de não se dar muito enfase ao toureio apeado em Portugal?
S.S.P.- Por muitos motivos… mas um deles é os lobbies que a festa tem.

P.Q.- Então é por causa desses lobbies que aceitou tourear no sábado a corrida em Alter sozinho?
S.S.P.- Não, mas também.
Mas principalmente é por uma causa de beneficência (ajudar quem precisa), relançar a minha carreira pois tem estado um pouco apagada, e porque espero que seja um dia que fique para a história da tauromaquia portuguesa.

P.Q.- O que gostava de dizer à afición portuguesa para que lhe reconheçam o seu real valor, visto andar arredado dos carteis e das feiras mais importantes em Portugal?
S.S.P.- A afición sabe o toureiro que sou…
A minha ausência ultimamente nas feiras devesse ao facto de eu não aceitar as condições que me são propostas pois sou um profissional e tento sempre cobrar com dignidade, mas há quem aceite essas condições mas isso é lá com eles.

P.Q.- Como tem corrido os seus dias de preparação que estão a anteceder a encerrona de sábado?
S.S.P.- Os dia têm corrido com a devida normalidade e tranquilidade entre os treinos físicos no salão para me aprimorar e fazer muito campo lidando em tentas.
E no próprio dia vou estar no hotel a descansar juntamente com a minha quadrilha e imaginar como serão as faenas para que posar dar um bom espetáculo ao público presente pois espero que encha a praça de Alter do Chão. E como será bom sair em triunfo lidando toiros de várias ganadarias com características diferentes.

P.Q.- A quem gostava de agradecer?
S.S.P.- Teria que fazer uma lista muito grande mas para que não me esqueça de, ninguém aqui deixo um abraço para todos os que de uma ou outra maneira me tenham ou têm ajudado neste meu sonho. Muito Obrigado!!!

P.Q.- Gostava de dizer mais alguma coisa?
S.S.P.- Sim, reforçar a ideia que teria imenso gosto em ver a praça cheia não só por mim, mas pelo toureio a pé em Portugal e por quem vai receber a ajuda dos lucros da corrida, porque só assim juntos é que conseguimos fazer algo de bom pelo toureio apeado.

Ao matador de toiros “Parrita “ desejamos as maiores das sortes e que todos os sonhos que tem para sábado se realizem.
Agradecemos pelo tempo que nos disponibilizou para a realização da entrevista.

Entrevista - Carlos Caetano (Cajó)

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